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sábado, 27 de maio de 2023

ANNELIESE MICHEL, O CASO REAL QUE INSPIROU O FILME O EXORCISMO DE EMILY ROSE

 


Dessa vez, vamos conhecer um caso bastante curioso. É a história de uma jovem que era atormentada por atuações e pensamento demoníacos. Acreditá-se que ela havia sido possuído pelas forças do mal e precisaria ser exorcizada, Anneliese Michel...


Algumas pessoas podem imaginar que trata-se de um caso de esquizofrenia, outros podem chegar a conclusão que realmente teria sido as forças do mal, ou talvez as duas coisas que estivessem acontecendo ao mesmo tempo. O fato é que Anneliese teve que passar por muitos momentos devastadores na sia vida. Vamos conhecer...


Anna Elisabeth Michel nasceu em 21 de setembro de 1952 em Leiblfing, na Baviera, Alemanha. Foi criada por seus pais com as suas três irmãs no pequeno município de Klingenberg am Main. Anna e Josef Michel eram muito religiosos e lhe deram uma educação católica, costumavam ir à missa pelo menos duas vezes na semana. O pai trabalhava em uma serralheria. Antes de Anneliese, a mãe havia dado à luz uma filha ilegítima, que morreu aos oito anos durante cirurgia para a retirada de um tumor. Sua mãe foi forçada a casar com um véu preto por conta da grande vergonha que causou para a família. Assim, Anneliese cresceu acreditando que deveria cumprir penitências para compensar os pecados da mãe. Tornou-se tão obcecada em se livrar do mal, que dormia nua sobre pedras para redimir os pecados dos viciados em drogas, que frequentavam a estação perto de sua casa.

Aos dezesseis anos, Anneliese sofreu uma grave convulsão e foi diagnosticada com epilepsia. Logo, ela também começou a ter alucinações enquanto rezava. Em 1973, ela também sofria de profunda depressão, pensando frequentemente em suicídio e começou a ouvir vozes que diziam que ela estava "condenada" e que iria "apodrecer no inferno". O seu comportamento tornou-se cada vez mais estranho. Ela andava nua pela casa, fazia suas necessidades em qualquer lugar, rasgava suas roupas, comia carvão e insetos como moscas e aranhas, e chegou a beber sua própria urina.


TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO

Depois de ser admitida em um hospital psiquiátrico a saúde de Anneliese não melhorou. Ela ficou cada vez mais frustrada com a intervenção médica que não melhorava seu estado. Anneliese começou a atribuir sua condição psiquiátrica à possessão demoníaca. Tornou-se intolerante à lugares e objetos sagrados, como crucifixos. Ao longo do curso dos ritos religiosos, Anneliese sofreu muito. 

Em junho de 1970, Anneliese sofreu uma terceira convulsão no hospital psiquiátrico. Ela continuou falando sobre o que ela chamou de "faces do demônio", vistas por ela durante vários momentos do dia. Anneliese ficou convencida de que a medicina convencional não estava ajudando em nada. Acreditando cada vez mais que sua doença era um tipo de distúrbio espiritual, assim ela preferiu recorrer à Igreja para que a exorcizassem. 


EXORCISMO E MORTE

Anneliese fez uma peregrinação a San Damiano com um amigo da família, Thea Hein, que costumava organizar peregrinações para lugares considerados santos. Como Anneliese era incapaz de passar por um crucifixo e se recusava beber a água de uma nascente sagrada, seu acompanhante concluiu que ela estava sofrendo de possessão demoníaca. Sua família se convenceu de que ela estava realmente possuída e consultaram vários sacerdotes, pedindo um exorcismo. Os sacerdotes se recusaram, recomendaram a continuação do tratamento médico e informaram à família que para a realização de exorcismo era necessária a permissão de um bispo. 

Em uma cidade próxima, se depararam com o vigário Ernst Alt, que, depois de ver o estado de Anneliese, ele acreditava que a menina estava realmente sofrendo uma possessão. Alt então pediu ao bispo para permitir o exorcismo. Em setembro de 1975, o bispo Josef Stangl concedeu uma permissão ao Padre Renz para exorcizar Anneliese de acordo com o Rituale Romanum de 1614, mas ordenou total sigilo sobre o caso. Renz realizou a primeira sessão em 24 de setembro.

Pararam de procurar tratamento médico e decidiu se entregar aos ritos de exorcismo. Foram 67 sessões de exorcismo, até duas vezes por semanas, com duração de até 4 horas, realizadas durante cerca de 10 meses entre 1975 e 1976. Michel falava cada vez mais sobre a morte para expiar a juventude rebelde do dia e os padres apóstatas da igreja moderna e se recusou a comer. A pedido da própria Anneliese, os médicos não estavam mais sendo consultados. Em 1 de julho de 1976, Anneliese morreu durante o sono. O relatório da autópsia indicou a causa da morte por desnutrição e desidratação de quase um ano de semi-inanição, enquanto os rituais de exorcismo eram realizados.

JULGAMENTO

Depois do falecimento de Anneliese, os padres Ernest Alt e Arnold Renz fizeram o comunicado do óbito às autoridades locais que, imediatamente, abriram inquérito e procederam às investigações preliminares. Os promotores públicos terminaram responsabilizando os dois padres e os pais de Anneliese de homicídio causado por negligência médica. O bispo Josef Stangl, embora tivesse dado a autorização para o exorcismo, não foi indiciado pela promotoria em virtude de sua idade avançada e seu estado de saúde debilitado, vindo a falecer em 1979. 

O julgamento do processo passou a ser denominado como o Caso Klingenberg, iniciou-se em 30 de março de 1978 e despertou grande interesse da opinião pública alemã. Perante o tribunal, os médicos afirmaram que a jovem não estava possuída, muito embora o Dr. Richard Roth, ao qual foi solicitado auxílio médico pelo padre Ernest Alt, teria feito a afirmação à época que não havia medicação eficaz contra a ação de forças demoníacas. Os médicos psiquiatras, que prestaram depoimento, afirmaram que os padres tinham incorrido inadvertidamente em "indução doutrinária" em razão dos ritos, o que havia reforçado o estado psicótico da jovem, e que, se ela tivesse sido encaminhada ao hospital e forçada a se alimentar, o seu falecimento não teria ocorrido.  A defesa dos pais de Anneliese argumentou que o exorcismo tinha sido ato lícito e que a Constituição Alemã protege os seus cidadãos no exercício irrestrito de suas crenças religiosas.

A defesa também recorreu ao conteúdo das fitas gravadas durante as sessões de exorcismo, que foram apresentadas ao tribunal de justiça, onde, por diversas vezes, as vozes e os diálogos de demônios, eram audíveis. Em uma das fitas é possível discernir vozes masculinas de dois supostos demônios discutindo entre si qual deles teria de deixar primeiro o corpo de Anneliese. Ambos os padres demonstraram profunda convicção de que ela estava verdadeiramente possessa e que teria sido finalmente libertada pelo exorcismo, um pouco antes da sua morte. Ao fim do processo, os pais de Anneliese e os dois padres foram considerados culpados de negligência médica e foi determinada uma sentença de seis meses com liberdade condicional sob fiança.

EXUMAÇÃO

Antes do início do processo, os pais de Anneliese solicitaram às autoridades locais uma permissão para exumar os restos mortais de sua filha. Eles fizeram esta solicitação em virtude de terem recebido uma mensagem de uma freira carmelita do distrito de Allgäu, no sudoeste da Baviera. A freira relatou aos pais da jovem que teria tido uma visão na qual o corpo de Anneliese ainda estaria intacto e que esta seria a prova definitiva do caráter sobrenatural dos fatos ocorridos. O motivo oficial que foi dado às autoridades foi o de que Annieliese tinha sido sepultada às pressas em um sarcófago precário.

Os relatórios oficiais, entretanto, divulgaram a informação que o corpo já estava em avançado estado de decomposição. As fotos que foram tiradas durante a exumação jamais foram divulgadas. Várias pessoas chegaram a especular que os exumadores moveram o corpo de Anneliese do antigo sarcófago para o novo, feito de carvalho, segurando-o pelas mãos e pernas, o que seria um indício de que o corpo não estaria na realidade muito decomposto. Os pais e os padres exorcistas foram desencorajados a ver os restos mortais de Anneliese. 



FILME O EXORCISMO DE EMILY ROSE (2005)

É um filme estadunidense de 2005, dos gêneros terror, drama e suspense, dirigido por Scott Derrickson, com roteiro de Paul Harris Boardman. Emily Rose, a personagem principal é interpretada por Jennifer Carpenter, uma jovem que deixa sua casa em uma região rural para cursar a faculdade. Um dia, sozinha em seu quarto no alojamento, ela tem uma alucinação assustadora, perdendo a consciência logo em seguida. Como seus surtos ficam cada vez mais frequentes, Emily, que é católica praticante, aceita ser submetida a uma sessão de exorcismo. Quem realiza a sessão é o sacerdote de sua paróquia, o padre Richard Moore (Tom Wilkinson). Porém Emily morre durante o exorcismo, o que faz com que o padre seja acusado de assassinato. Erin Bruner (Laura Linney), uma advogada famosa, aceita pegar a defesa do padre Moore em troca da garantia de sociedade em uma banca de advocacia. À medida que o processo transcorre o cinismo e o ateísmo de Erin são desafiados pela fé do padre Moore e também pelos eventos inexplicáveis em torno do caso.


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REFERÊNCIAS

Aventuras na História
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/anneliese-michel-terrivel-historia-real-que-inspirou-o-filme-o-exorcismo-de-emily-rose.phtml

Bol.Uol
https://www.bol.uol.com.br/listas/13-fatos-sobre-o-caso-real-do-exorcismo-de-emily-rose.htm

Wikipédia 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anneliese_Michel




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