OSKAR SCHINDLER "A LISTA DE SCHINDLER" O EMPRESÁRIO NAZISTA QUE SALVOU JUDEUS DO HOLOCAUSTO - BLOG CURIOSIDADES DO MUNDO

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terça-feira, 8 de junho de 2021

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OSKAR SCHINDLER "A LISTA DE SCHINDLER" O EMPRESÁRIO NAZISTA QUE SALVOU JUDEUS DO HOLOCAUSTO

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Hoje vamos conhecer a verdadeira história por trás do filme "A lista de Schindler", ganhador de 7 Oscars e um dos maiores destaques do cinema americano. Se trata de uma comovente adaptação da vida de Oskar Schindler, um alemão que salvou mais de mil judeus da morte nos campos de extermínio nazista. Antes, ele luta pela vida de sua mão-de-obra para salvar os negócios, com o passar do tempo, ele se envolve pela causa...


Oskar Schindler nasceu na cidade de Svitavy, República Tcheca, em 28 de abril de 1908. Sua família era de origem sudeta (populações de etnia alemã e germanófonos),  filho de Johnann "Hans" Schindler, que geria uma empresa de máquinas agrícolas, e a sua mãe chamava-se Franziska "Fanny Luser" Schindler. A sua irmã, Elfriede, nasceu em 1915. Depois de frequentar as escolas primária e secundária, Schindler entrou para uma escola técnica da qual foi expulso em 1924 por ter falsificado um relatório. Graduou-se mais tarde, mas não fez o exame Abitur que lhe daria acesso à universidade. Em vez disso, tirou vários cursos em Brno, em diversas áreas, incluindo o de motorista e manuseamento de máquinas, e trabalhou com o seu pai durante três anos. 

No dia 6 de Março de 1928, casou-se com Emilie Pelzl (1907–2001), filha de um fazendeiro sudeta de Maletein. O jovem casal passou a viver com os pais de Oskar, durante os sete anos seguintes. Pouco depois do casamento, Schindler deixou de trabalhar com o seu pai e passou por diversas ocupações com um cargo na Moravian Electrotechnic e na gestão de uma escola de condução. Depois de passar 18 meses no exército checo, onde chegou ao posto de anspeçada, no 10.º Regimento de Infantaria do 31.º Exército, Schindler regressou à Moravian Electrotechnic, que entrou em falência pouco depois. O negócio do seu pai também entraria em falência na mesma época, deixando Schindler desempregado por 1 ano. Depois, foi trabalhar para o Jarslav Simek Bank de Praga, em 1931, onde se manteve até 1938. Entre 1931 e 1932, Schindler foi detido por várias vezes por estar embriagado em público. Também neste período, teve um caso amoroso com Aurelie Schlegel, uma amiga da escola. Desta relação, teve uma filha, Emily, em 1933, e um filho, Oskar Jr, em 1935. O pai de Schindler, alcoólico, abandonou a sua esposa em 1935 que morreu meses depois. 

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Schindler ingressou no partido de natureza separatista em 1935. Embora fosse cidadão da Checoslováquia, Schindler tornou-se espião ao serviço da Abwehr, o serviço de informação da Alemanha Nazi, em 1936. Foi designado para o Abwehrstelle II Commando VIII, com sede em Breslau. As suas tarefas para a Abwehr incluíam a recolha de informações sobre os caminhos-de-ferro, instalações militares e movimentação de tropas, tal como o recrutamento de outros espiões. Foi detido pelo governo checoslovaco por espionagem a 18 de Julho de 1938, mas foi libertado como prisioneiro político sob os termos do Acordo de Munique. Schindler candidatou-se a membro do Partido Nazi a 1 de Novembro e foi aceito no ano seguinte.

Schindler dividia sua vida entre a Cracóvia (na Polônia) e sua cidade natal, Ostrava (República Checa). E foi assim que decidiu comprar uma fábrica, que anteriormente pertencia a um consórcio de judeus, que haviam ido à falência pouco antes do Holocausto. A compra do empreendimento daria ao então empresário a possibilidade de ter mais liberdade com os nazistas, incluindo a possibilidade de compra de mão de obra barata dos judeus.

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No auge das atividades da empresa, a fábrica de metais possuía 1.750 funcionários dos quais mais de 1000 eram judeus. Com o passar do tempo, e com o objetivo de salvar a vida das vítimas do holocausto, Oskar se viu encurralado com as propinas que deveria pagar aos nazistas. Na realidade, o que protegia a fábrica e seus funcionários era a necessidade dos alemães em ter o maior número possível de recursos durante a guerra. No início, Schindler tinha apenas interesse em pagar menos pelo trabalho. No entanto, com o passar do tempo, a relação do empresário com os judeus mudou e o patrão defendeu seus funcionários. Pessoas com deficiência, crianças e mulheres foram defendidos por ele.

Certa vez, a polícia nazista foi até a fábrica exigindo que uma família fosse entregue por causa de documentos falsos. De acordo com o próprio Schindler “Três horas depois de terem entrado em minha sala, dois oficiais bêbados saíram por essa porta sem seus prisioneiros e sem os documentos incriminatórios que estavam exigindo”. Em 1941, uma operação nazista expulsou todos os judeus dos guetos, e os enviou para os campos de concentração. Schindler, sabendo disso, pediu para que seus funcionários passassem as noites escondidos na fábrica.

Algum tempo depois, passou a ser exigido que os fabricantes que abrigavam judeus fossem movidos para dentro dos campos de concentração. Sabendo disso, o protetor dos judeus conseguiu diplomaticamente construir um campo de concentração em sua própria propriedade. No local, os judeus eram alimentados e alojados, além da possibilidade de realizar suas práticas religiosas. 

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Fábrica de Schindler em Cracóvia

No final da guerra, Schindler tinha gasto sua fortuna em subornos e na aquisição de produtos no mercado paralelo para ajudar os seus trabalhadores. Sem meios de subsistência, viveu por pouco tempo em Regensburg e, mais tarde, em Munique. Mas não teve sucesso, passou a viver da ajuda das organizações judaicas. Schindler emigrou para a Argentina, em 1949, onde tentou se dedicar a criação de animais. Quando o negócio faliu, em 1958, deixou a sua esposa e regressou à Alemanha, onde teve vários projetos mas sem sucesso. Em 1963, declarou falência e sofreu um ataque cardíaco no ano seguinte, o que o deixou um mês no hospital. Mantendo-se sempre em contato com muitos dos judeus que ele conheceu durante a guerra, incluindo Stern e Pfefferberg, Schindler sobrevivia à custa de donativos enviados pelos Schindlerjuden de todo o mundo. Schindler morreu no dia 9 de Outubro de 1974, e foi sepultado em Jerusalém, no Monte Sião, sendo o único membro do Partido Nazi a receber esta honra desta natureza. Pelas suas ações durante a guerra, em 1963 Schindler recebeu o título de Justos entre as nações, uma honra atribuída pelo Estado de Israel a não-judeus que tiveram um papel ativo para salvar judeus durante o Holocausto. Outras honras incluem a Ordem de Mérito alemã (1966).


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ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA

Em 1993, sua história foi adaptada para o cinema, foi baseado no romance de 1982, "Schindler's Ark", do romancista australiano Thomas Keneally, e sob a direção de Steven Spielberg. Foi estrelado por Liam Neeson como Schindler, Ben Kingsley como o contador judeu de Schindler Itzhak Stern e Ralph Fiennes como o oficial da SS Amon Göth. O filme começa em 1939 com os alemães iniciando a relocação dos judeus poloneses para o Gueto de Cracóvia, pouco tempo depois do início da Segunda Guerra Mundial. Enquanto isso, Oskar Schindler, um empresário alemão de Morávia, chega na cidade com a esperança de fazer uma fortuna lucrando com a guerra. Schindler, um membro do Partido Nazista, prodigaliza subornos para oficiais da Wehrmacht e da SS em troca de contratos. Patrocinado pelos militares, ele adquire uma fábrica para produzir panelas para o exército. À princípio, ele deseja preserva a vida dos trabalhadores como uma forma de manter os lucros, mas com o passar do tempo ele começa a se envolver com a causa deles.

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REFERÊNCIAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/Oskar_Schindler

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-quem-foi-oskar-schindler-steven-spielberg.phtml

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