Schindler dividia sua vida entre a Cracóvia (na Polônia) e sua cidade natal, Ostrava (República Checa). E foi assim que decidiu comprar uma fábrica, que anteriormente pertencia a um consórcio de judeus, que haviam ido à falência pouco antes do Holocausto. A compra do empreendimento daria ao então empresário a possibilidade de ter mais liberdade com os nazistas, incluindo a possibilidade de compra de mão de obra barata dos judeus.
No auge das atividades da empresa, a fábrica de metais possuía 1.750 funcionários dos quais mais de 1000 eram judeus. Com o passar do tempo, e com o objetivo de salvar a vida das vítimas do holocausto, Oskar se viu encurralado com as propinas que deveria pagar aos nazistas. Na realidade, o que protegia a fábrica e seus funcionários era a necessidade dos alemães em ter o maior número possível de recursos durante a guerra. No início, Schindler tinha apenas interesse em pagar menos pelo trabalho. No entanto, com o passar do tempo, a relação do empresário com os judeus mudou e o patrão defendeu seus funcionários. Pessoas com deficiência, crianças e mulheres foram defendidos por ele.
Certa vez, a polícia nazista foi até a fábrica exigindo que uma família fosse entregue por causa de documentos falsos. De acordo com o próprio Schindler “Três horas depois de terem entrado em minha sala, dois oficiais bêbados saíram por essa porta sem seus prisioneiros e sem os documentos incriminatórios que estavam exigindo”. Em 1941, uma operação nazista expulsou todos os judeus dos guetos, e os enviou para os campos de concentração. Schindler, sabendo disso, pediu para que seus funcionários passassem as noites escondidos na fábrica.
Algum tempo depois, passou a ser exigido que os fabricantes que abrigavam judeus fossem movidos para dentro dos campos de concentração. Sabendo disso, o protetor dos judeus conseguiu diplomaticamente construir um campo de concentração em sua própria propriedade. No local, os judeus eram alimentados e alojados, além da possibilidade de realizar suas práticas religiosas.
No final da guerra, Schindler tinha gasto sua fortuna em subornos e na aquisição de produtos no mercado paralelo para ajudar os seus trabalhadores. Sem meios de subsistência, viveu por pouco tempo em Regensburg e, mais tarde, em Munique. Mas não teve sucesso, passou a viver da ajuda das organizações judaicas. Schindler emigrou para a Argentina, em 1949, onde tentou se dedicar a criação de animais. Quando o negócio faliu, em 1958, deixou a sua esposa e regressou à Alemanha, onde teve vários projetos mas sem sucesso. Em 1963, declarou falência e sofreu um ataque cardíaco no ano seguinte, o que o deixou um mês no hospital. Mantendo-se sempre em contato com muitos dos judeus que ele conheceu durante a guerra, incluindo Stern e Pfefferberg, Schindler sobrevivia à custa de donativos enviados pelos Schindlerjuden de todo o mundo. Schindler morreu no dia 9 de Outubro de 1974, e foi sepultado em Jerusalém, no Monte Sião, sendo o único membro do Partido Nazi a receber esta honra desta natureza. Pelas suas ações durante a guerra, em 1963 Schindler recebeu o título de Justos entre as nações, uma honra atribuída pelo Estado de Israel a não-judeus que tiveram um papel ativo para salvar judeus durante o Holocausto. Outras honras incluem a Ordem de Mérito alemã (1966).
ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA
Em 1993, sua história foi adaptada para o cinema, foi baseado no romance de 1982, "Schindler's Ark", do romancista australiano Thomas Keneally, e sob a direção de Steven Spielberg. Foi estrelado por Liam Neeson como Schindler, Ben Kingsley como o contador judeu de Schindler Itzhak Stern e Ralph Fiennes como o oficial da SS Amon Göth. O filme começa em 1939 com os alemães iniciando a relocação dos judeus poloneses para o Gueto de Cracóvia, pouco tempo depois do início da Segunda Guerra Mundial. Enquanto isso, Oskar Schindler, um empresário alemão de Morávia, chega na cidade com a esperança de fazer uma fortuna lucrando com a guerra. Schindler, um membro do Partido Nazista, prodigaliza subornos para oficiais da Wehrmacht e da SS em troca de contratos. Patrocinado pelos militares, ele adquire uma fábrica para produzir panelas para o exército. À princípio, ele deseja preserva a vida dos trabalhadores como uma forma de manter os lucros, mas com o passar do tempo ele começa a se envolver com a causa deles.
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REFERÊNCIAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oskar_Schindler
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-quem-foi-oskar-schindler-steven-spielberg.phtml
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