Olá! Muitas vezes nos perguntamos até que ponto uma pessoa é capaz de chegar para atender seus desejos pessoais independente da dor e do sofrimento do outro? Lendo a história dessa mulher, vemos um outro lado da mente humana que não é nada agradável de conhecer. No video de hoje faço comentários sobre ILSE KOCH
Dessa vez vamos conhecer uma mulher com um comportamento inimaginável. Inserida em um contexto da 2ª Guerra Mundial e no Nazismo, vemos como o valor da vida fica tão pequena nas mãos das pessoas que tem o controle e o poder.
Margarete Ilse Köhler nasceu 22 de Setembro de 1906, em Dresden na Alemanha. Ela teve uma infância humilde. Filha de um fazendeiro e de uma dona de casa, costumava ser uma criança alegre e educada. No ensino primário era adorada na escola, tinha vários amigos. Ela estava sempre disposta a ajudar e tinha um senso de comunidade grande. Aprendeu a limpar, cozinhar e cuidar da casa. Aos 15 anos, deixou a escola para trabalhar em uma fábrica de cigarros em tempo integral.
Depois trabalhando em uma livraria, começou a se interessar pela ideologia nazista e a ter os primeiros contatos com os integrantes locais da S.A. Passou a frequentar aulas de contabilidade em uma faculdade local, uma das poucas oportunidades educacionais para as mulheres da época, e acabou conseguindo uma posição como escriturária. Nos anos 1920, Ilse filiou-se ao Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. Para ela, a ideologia nazista seria uma solução para os problemas políticos e econômicos causados pela derrota da Alemanha na 1ª Guerra Mundial.
Em 1936, Ilse começou a trabalhar como guarda e secretária no campo de concentração de Sachsenhausen perto de Berlim, onde conheceu o comandante Karl Koch, com quem se casaria. Karl era um fraudador condenado que já havia passado por vários empregos antes de se filiar ao Partido Nazista. Com antecedentes criminais por roubo e tendo crescido como informante da polícia, Karl era quase 10 anos mais velho que Ilse e tinha acabado de se divorciar de sua primeira esposa, que não compreendia as suas filosofias nazistas.
No início, o campo de concentração onde trabalhava era apenas de prisioneiros políticos, sem a intenção de extermínio. Bem diferente seria o campo de Buchenwald próximo a Weimar, aberto em julho de 1937. Nele seria aplicado o tratamento nazista padrão de execução por câmara de gás para quem fosse considerado apto para isso, por trabalho intenso sob subnutrição. Karl foi nomeado o primeiro comandante e fez questão de incluir a esposa nas tarefas que exercia. Influenciada por ele e por seu poder, começou a se dedicar a torturar e humilhar os prisioneiros.
Usando o dinheiro e os bens materiais dos prisioneiros, Ilse passou a ostentar um estilo de vida luxuoso. E ficou conhecida como a figura mais diabólica do local. Quando andava pelo campo, açoitava qualquer um que ousasse olhar para ela. Segundo testemunhas, Ilse sentia um prazer especial quando via crianças serem separadas dos pais e levadas para as câmaras de gás. Em 1940, construiu uma arena de esportes fechada, com o dinheiro de prisioneiros e seus parentes e no ano seguinte se tornaria supervisora da pequena guarda feminina que servia em Buchenwald.
Ficou conhecida como a Bruxa de Buchenwald, logo demonstrou uma obsessão por peles tatuadas. Ela costumava mandar os prisioneiros tirarem as roupas e escolhia as vítimas pelas tatuagens que tinham. Os selecionados eram mortos e enviados para um cirurgião, que retirava a pedaços de pele tatuados. Em alguns casos, a pele era arrancada como forma de tortura, com o prisioneiro ainda vivo. As peles tatuadas viravam capas de livros, luvas, abajures, cortinas e diversos outros objetos. Órgãos e cabeças eram expostos como troféus assim como polegares mumificados que eram usados como interruptores.
Em 1941, Karl-Otto Koch foi transferido para o comando de Majdanek, onde serviria por dois anos. Em 1943, eles foram presos pela Gestapo, acusados de desvio de dinheiro e de bens judeus coletados no campo, que por lei era propriedade seria do Reich. Ilse ficou presa até o começo de 1945 quando foi inocentada e solta, mas seu marido foi condenado à morte e executado a tiros pelo pelotão de fuzilamento em abril do mesmo ano.
Ela então foi viver com os dois filhos junto com os membros sobreviventes de sua família na cidade de Ludwigsburg, onde novamente foi presa, dessa vez pelos norte-americanos em 30 de junho de 1945 quando descobriram sobre seus atos após invadirem o campo de concentração de Buchenwald. Durante o julgamento, ela insistia que todos os objetos eram feitos somente de pele de cabra e não de humanos, embora muitos deles tivessem as tatuagens das vítimas. Apesar de várias fotografias, não haviam provas de que a mulher ordenasse a criação desses objetos. Era a palavra dela contra a dos sobreviventes.
Em 1947, ainda presa, ela deu à luz ao Uwe Kohler e foi forçada a entregá-lo para a adoção, assim como os seus outros filhos. O governador militar dos Estados Unidos, o General Lucius D. Clay, não acreditava que tinham provas físicas o suficiente para sentenciar Ilse à morte. Ele só podia dar a ela anos de trabalho duro e um tempo encarcerada. A Alemanha, no entanto, assim que a mulher saiu da prisão 4 anos depois, julgou-a por seus crimes e condenou-a pela terceira e última vez, só que com uma sentença perpétua, frente a uma corte de justiça, devido ao grande número de protestos pela decisão de soltura.
Na prisão, sofreu de transtornos psicológicos relatando que estava sendo assombrada pelos prisioneiros que matou e torturou. Suicidou-se em 1º de setembro de 1967, aos 61 anos, prisão feminina de Aichach, após escrever uma carta para seu filho Uwe Kohler (não tinha conseguido ser adotado) na qual não demonstrava nenhum remorso de suas ações.
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REFERÊNCIAS
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilse_Koch
Aventuras na História
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/ilse-koch-a-bruxa-de-buchenwald-que-torturava-de-forma-sadica-as-vitimas-do-nazismo.phtml
Mega Curioso
https://www.megacurioso.com.br/misterios/113943-ilse-koch-a-bruxa-de-buchenwald.htm
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