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sexta-feira, 2 de abril de 2021

SEQUESTROS EM CLEVELAND : MICHELLE KNIGHT, AMANDA BERRY E GINA DEJESUS



Os sequestros em Cleveland diz respeito ao que ocorreu as três jovens: Michelle Knight, Amanda Berry e Gina DeJesus. Elas foram sequestradas em momentos diferentes por Ariel Castro e mantidas juntas por anos em cativeiro em sua própria casa nos Estados Unidos. Foi um caso que abalou o país e vamos conhecer agora ...



AS VÍTIMAS

Michele Knight 
nasceu em 23 de Abril de 1981 e a infância dela não foi nada fácil, ela costumava sofrer muito bullying na escola por ser muito baixinha. Ela queria se formar em veterinária. Foi a primeira a ser sequestrada, com 21 anos na época. Foi dada como desaparecida desde 23 de agosto de 2002 ao sair da casa de um primo, exatamente no dia de uma audiência que havia perdido a custódia de seu filho. De acordo com os policiais que a interrogaram após a libertação, ela havia aceitado uma carona de Castro quando caminhava na rua, ela já conhecia ele e sua filha, e ele usou de desculpa que teria vários filhotes de cachorros para doação. Ariel levou Michele para sua casa, onde permaneceu presa num quarto trancado no andar superior. Diariamente ela passou a ser violentada, espancada e torturada, além de ficar presa a uma cama. Foi obrigada a abortar cinco vezes. 

Amanda Berry 
nasceu em 22 de Abril de 1986, costumava ser uma adolescente normal. Na época dos fatos, ela trabalhava na lanchonete Burger King. Desapareceu um dia antes de completar 17 anos, depois de sair do trabalho. Berry também aceitou uma carona de Castro por já conhecer uma das suas filhas, e por um dos seus filhos também trabalhar na mesma lanchonete. Foi levada para a mesma casa onde já se encontrava Knight há mais de seis meses, foi também mantida prisioneira. Durante seu tempo no cativeiro, ela teve uma criança, Jocelyn que nasceu em 25 de dezembro de 2006, dia de Natal. O parto da criança foi feito dentro de uma pequena piscina de plástico num quarto do cativeiro. Seu caso tomou as manchetes dos jornais e televisões, com vários comunicados de que seu corpo havia sido encontrado e pela busca incessante de sua mãe, Louwana Miller, que morreu de insuficiência cardíaca em 2006.

Georgina "Gina" DeJesus 
desapareceu aos 14 anos, em 2 de abril de 2004, vista pela última vez falando de um telefone público na rua, no caminho entre a escola e sua casa. Mais uma vez, Castro apareceu e ofereceu uma carona na rua à garota com a desculpa de tentar encontrar sua filha que também era amiga dela. A levou para o mesmo endereço do cativeiro. O caso de DeJesus também foi retratado no programa America's Most Wanted em 2004 junto com o de Amanda Berry e os dois desaparecimentos passaram anos no noticiário até 2012, quando a família fez uma vigília pela moça, para continuar a chamar a atenção para o desaparecimento. Imagens de uma dessas vigílias mostram nela a participação de Ariel Castro, identificado pela família, que informou que o sequestrador participava de buscas e procurava se manter próximo aos familiares da vítima. 



O SEQUESTRADOR

Ariel Castro, nasceu em 10 de julho de 1960, filho de imigrantes porto-riquenhos, seus pais se separaram quando ele ainda era criança. Ele, sua mãe e seu três irmãos se mudaram para os Estados Unidos, primeiro moraram na Pensilvânia e depois mudaram-se para Cleveland. Sua infância foi turbulenta, sua mãe descobriu que seu pai a atraia e ainda tinha mais 4 filhos fora do casamento. Supostamente ele teria sido ainda abusado quando tinha 9 anos de idade o que teria desencadeado alguns comportamento mais tarde. Castro concluiu o ensino secundário na Lincoln-West High School. Ele trabalhou por 22 anos como motorista de ônibus escolar em Cleveland, entre fevereiro de 1991 e novembro de 2012, quando foi demitido por mau comportamento e por colocar em risco com direção perigosa as crianças que transportava. 

Ele conheceu sua ex-esposa Grimilda Figueroa em 1980 ainda na escola e depois de casados ambos foram morar na casa de endereço 2207 Seymour Avenue, em 1992. Ariel foi se tornando cada vez mais violento, chegando certa vez a jogá-la escada abaixo fraturando seu crânio. Em 1993, ele foi preso por violência doméstica, mas não foi indiciado pelo tribunal. Em 1996, a mulher deixou a casa com os quatro filhos do casal, assistida pela polícia. Mesmo assim, ele continuou a ameaçá-la e persegui-la, até ela conseguir na Justiça uma ordem para manter o marido afastado. Grimilda morreu de tumor cerebral aos 48 anos em 2012.

A casa em 2207 Seymour Avenue, Cleveland, EUA


O SEQUESTRO E LIBERTAÇÃO

As três mulheres, enquanto prisioneiras, sofriam todo tipo de abusos, desde sessões de espancamento, até agressões sexuais de todo tipo. Elas passaram anos presas dentro dos quartos, pouco vendo os rostos uma da outra ou a luz do sol. Eram amarradas por cordas ou correntes. Geralmente recebiam uma refeição por dia e era permitido pelo menos dois banhos por semana. Ariel instalou alarme nas portas, se caso elas tentassem sair dos quartos. 

A filha de Amanda, que cresceu no cativeiro até seus seis anos, desconhecia um mundo diferente daquele e convivia com a imagem da mãe presa à cama. Diferentemente das mulheres, ela era tratada por Ariel com certa ternura. Michelle, Amanda e Gina, no entanto, eram obrigadas a escutar os gritos umas das outras durante as sessões de abusos. Ariel costumava receber visitas de amigos e dava festas, mas nunca ninguém suspeitava do que estava acontecendo na casa.

Devido a um descuido, por Ariel ter saído e ter esquecido de trancar as portas internas da casa. A filha de Amanda chamou sua atenção quando perguntava pelo pai. Amanda percebeu que essa seria uma oportunidade, correu até a frente da casa e começou a bater e fazer muito barulho.  Até que os vizinhos, Angel Cordero junto com Charles Ramsey, ouviram e vieram ajudá-las. Amanda conseguiu sair e usou um celular de uma vizinha para chamar a policia. 

Amanda Berry, sua filha, Michelle Knight e Gina DeJesus foram libertadas no dia 6 de maio de 2013. Elas foram levadas em seguida para um Hospital MetroHealth Medical Center para se recuperarem, estavam machucadas e abaixo do peso normal devido aos maus tratos. Avisaram as família e no mesmo dia o Ariel foi preso. Na casa, os policias encontraram um bilhete no qual ele mesmo se definia como um predador sexual e que suas vítimas eram culpadas por terem cometido o erro de terem aceitado a carona dele. 




Castro, depois de preso, confessou os sequestros em detalhes e se auto-descreveu como um homem de "sangue-frio, viciado em sexo e sem controle sobre seus impulsos sexuais". Também admitiu ser o pai da filha de Amanda Berry e disse que os raptos não foram planejados, mas apenas impulsos de ocasião. Como parte de um ritual macabro, no período em que manteve as três mulheres presas ele comemorava a data do sequestro de cada uma delas com um bolo e as deixava ver na televisão as vigílias feitas por suas famílias em busca delas.

Seu filho, Anthony Castro, declarou que, em suas visitas à casa, ela estava sempre trancada. Várias áreas dela eram proibidas; havia cadeados no porão, no sótão e na garagem. Em 2004, quando Anthony estudava Jornalismo, ele escreveu um artigo sobre os desaparecimentos de Berry e DeJesus para o jornal Plain Press, e entrevistou a mãe de Gina. Três semanas antes da libertação das três jovens, Anthony contou que seu pai lhe perguntou se acreditava que Amanda Berry algum dia seria encontrada; ele respondeu ao pai que acreditava que ela já estivesse morta e ele demonstrou surpresa.

Preso e acusado de 329 crimes, entre eles sequestro, violação e homicídio por ter provocado um aborto a uma das sequestradas ao espancá-la na barriga e deixá-la sem se alimentar, Castro declarou-se inocente ao Grande Júri. Em 12 de julho, mais 648 acusações foram apresentadas contra ele pela promotoria, que respondeu por um total de 977 crimes ligados ao caso. Em 1 de agosto de 2013, seu julgamento foi transmitido ao vivo pela televisão e pela Internet, foi realizado na corte do condado de Cuyahoga. Após o testemunho de Michelle Knight, a única das vítimas a depor como testemunha de acusação, Ariel Castro foi condenado à prisão perpétua + 1000 anos de prisão pelo conjunto de crimes dos quais foi acusado.

Mesmo sendo submetido a um sistema de vigilância por causa de seu estado emocional e de receios da direção da penitenciária a ataques de outros presos, com rondas em sua cela a cada 30 minutos após seu encarceramento, Castro foi encontrado enforcado em sua cela individual na noite de 3 de setembro, depois de cumprir pouco mais de um mês da pena, tendo sua morte sido confirmada às 22:52 (hora local), pelo hospital da Universidade Estadual de Ohio, após uma tentativa de ressuscitamento cardiopulmonar feita pela própria equipe médica do Centro de Recepção Correcional de Orient, onde cumpria pena.


LIBERTADAS
 
Dois meses após sua libertação, Gina, Amanda e Michelle gravaram um vídeo, disponível no Youtube, onde agradecem a preocupação de todos e as doações financeiras feitas a elas por pessoas desconhecidas, para que pudessem começar nova vida. Amanda falou da felicidade de estar de volta ao convívio de sua família e amigos, e que a cada dia se sente mais forte; Gina, acompanhada de seus pais, agradeceu às doações financeiras feitas a ela e Michelle, a que mais tempo ficou sequestrada e a que mais fala no vídeo, agradeceu as doações que estão lhe ajudando a construir uma nova vida e disse que era "forte o suficiente para passar pelo inferno com um sorriso, com a cabeça erguida e com os pés firmes" e sair dele.

Michelle Knight, a única vítima a comparecer ao julgamento do sequestrador em 1 de agosto de 2013, onde leu um depoimento escrito como testemunha de acusação, ouviu dos bancos do tribunal a condenação de Castro à prisão perpétua. Na mesma semana, Amanda Berry apareceu como convidada no palco do show do rapper Nelly no Roverfest e foi homenageada pelo cantor sob os aplausos da multidão, em sua primeira aparição pública. Ela deu continuidade a sua vida e tem se dedicado muito a causa de criança de adolescente desaparecidos.

Em Maio de 2014, Michelle Knight publica o livro Libertada com o título original "Finding Me: A Decade of Darkness, a Life Reclaimed: A Memoir of the Cleveland Kidnappings". E em abril de 2015, Amanda e Gina também lançam um outro livro Esperança sobre o mesmo tema "Hope: A Memoir of Survival in Cleveland", co-escrito com a colaboração de Mary Jordan e Kevin Sullivan, jornalistas do Washington Post e vencedoras do Prêmio Pulitzer, onde contam suas vidas durante os anos de cativeiro, entremeado com relatos das duas jornalistas de fatos ocorridos no mundo exterior na busca das meninas e investigações sobre a vida passada e os motivos de seu sequestrador, Ariel Castro. 

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ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA


Em 2015, a história das três jovens é adaptada para o cinema com o título "Sequestro em Cleveland", interpretado por Raymond Cruz, Taryn Manning, Samantha Droke e Katie Sarife.


TRAILER DO FILME 


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ENTREVISTA


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REFERÊNCIAS

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/abortos-espancamentos-e-estupros-os-insolitos-sequestros-de-cleveland.phtml

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-237979/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sequestros_de_Cleveland

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