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quinta-feira, 27 de julho de 2023

TÍTULOS DA NOBREZA, ORIGEM E SIGNIFICADO

 



Um título de nobreza, ou título nobiliárquico, é um privilégio legal concedido desde a Antiguidade a pessoas que passavam a fazer parte da nobreza. Tais títulos foram criados com o intuito de estabelecer uma relação de vassalagem entre o titular e o monarca. A partir do século IX, os títulos se tornaram também hereditários, ou seja, passando de pai para filho. Depois do século XV foram usados como forma de agraciar os membros da nobreza, por um conjunto de atos prestados à casa real, ao monarca ou ao país, sem que lhe estivesse associada qualquer função pública ou jurisdição ou soberania sobre um território.,, 

No Brasil, essas designações da fidalguia aportaram no século XIX. Mas com uma diferença importante: eles não eram transmitidos de pai para filho. Se o herdeiro de um nobre quisesse ter direito à mesma honraria, teria de pagar ao governo. Um título de duque, por exemplo, custava três vezes mais que um de barão. Com a proclamação da República, em 1889, todos os ícones dos tempos de monarquia foram banidos pelos militares, incluindo os títulos de nobreza. A partir do início do século XX, acabou também na maioria dos países, mesmo nas monarquias, a relação de governança e autoridade dos titulares e demais membros da nobreza perante toda a população...




Na maioria das monarquias tradicionais antigas e atuais, segue-se esta relação de hierarquia:

Imperador (csar) - O título de imperador, era originalmente, um título militar. Imperador ou Imperatriz (tratamento de Sua/Vossa Majestade Imperial). Usado em todos os impérios para definir o monarca. Imperadores são geralmente vistos como superiores aos reis em honraria. Seu posto pode ser obtido por hereditariedade, ou por força, como num golpe de estado. Além disso, pode ser um posto conferido por eleição de outros soberanos, como no caso do Sacro Império Romano Germânico. No caso de haver uma imperatriz regente, seu marido não recebe título de imperador, sendo chamado simplesmente de consorte. Em alemão, este título tem correspondência com Kaiser; em idiomas eslavos, os termos usados são tsar ou czar. Ambos derivam do título romano César. Geralmente, o termo Império designa um estado composto por diferentes nações e nacionalidades, além de um estado nacional comum. Na atualidade o único país que possui um imperador como chefe de estado é o Japão. Exemplos: Imperador do Brasil e Imperador do Japão.

Rei - ou Rainha (tratamento de Sua/Vossa Majestade), usado em todos os reinos para definir o monarca. É um chefe de Estado ocupante de um trono real. Historicamente, o posição do "rei" deriva dos primeiros líderes tribais ou principais de diferentes povos tais como o (em sumério lugal, em semitico o sharrum, em latim rex, em grego o basileus, em sânscrito o rajá, em alemão o kuningaz) poderia ser também o tirano de uma cidade-Estado. Muitas vezes, o rei não tinha só uma função política mas, ao mesmo tempo, uma religiosa, atuando como sumo sacerdote ou divino rei. Exemplo: Rainha da Inglaterra e Rei de Portugal.

Regente -  refere-se ao governo temporário instituído em um país durante um impedimento do chefe de Estado, especialmente de um monarca. Por exemplo: quando o regente (geralmente, uma personalidade da família real) exerce o poder em nome do monarca, seja porque este é demasiado jovem, seja porque está ausente ou incapacitado. 

Príncipe - ou princesa (tratamento de Sua/Vossa Alteza Real, quando Príncipe Monarca utiliza-se Sua/Vossa Alteza Sereníssima): usado em todos os estados reais com modelo europeu. Título dado a todos os descendentes de um monarca, do trono real, os demais filhos são infantes. Ex: Príncipe do Liechtenstein. Existe também: Príncipe imperial, Príncipe real, Grão-príncipe e Infante.

Duque - ou duquesa (tratamento de Sua/Vossa Alteza, se membro da família real; se não utiliza-se o tratamento de Sua/Vossa Excelência/Graça): usado em todas as monarquias com modelos europeus. Depois do rei, era o nobre mais poderoso, recebendo grandes extensões de terra para administrar. Os primeiros duques vieram do Império Romano, onde os comandantes militares eram agraciados com o nome de dux (“aquele que conduz”, em latim). Seguindo a tradição, países como Espanha e Portugal davam o título a seus maiores generais. Existe também: Arquiduque, Grão-duque ou Conde-duque (título espanhol atribuído aos condes de Olivares e aos duques de Sanlúcar la Mayor). 

Marquês - Marquês ou marquesa (tratamento de Sua/Vossa Graça/Excelência): usado em todas as monarquias com modelos europeus. Abaixo do duque na hierarquia da nobreza, o marquês governava os marquesados, áreas do tamanho dos estados atuais. Alguns tomavam conta dos territórios reais localizados em fronteiras, lutando para evitar invasões. A origem do nome deixa clara essa função: em latim, marchensis significa “o que fiscaliza as marcas”. Na Espanha há a distinção também, entre os marqueses, com o título Grande de Espanha (tratamento de Sua/Vossa Alteza). Ex: Marquês de Alegrete.

Conde - Conde ou condessa (tratamento de Sua/Vossa Graça/Excelência): usado em todas as monarquias com modelos europeus. Assessorando o rei em vários assuntos, do recolhimento de impostos aos combates militares, o conde era tão importante no dia-a-dia dos reinos que tinha até um substituto para suas ausências, o visconde. O conde também administrava os condados, área menor que os marquesados. O título vem do latim comes, “aquele que acompanha”. Na Espanha há a distinção também, entre Condes e Condes, com o título Grandeza de Espanha (tratamento de Sua/Vossa Alteza). Ex: Conde da Flandres. Conde-Barão (tratamento de Sua/Vossa Graça/Senhoria): título excepcional, criado em Portugal no século XIX para o Conde-Barão de Alvito. 

Visconde ou viscondessa (tratamento de Sua/Vossa Graça, na Espanha Sua/Vossa Excelência): usado em todas as monarquias com modelos europeus, exceto no Reino Unido, em que é usado como tratamento aos filhos dos condes, por causa da origem (vice-conde). Era o substituto do conde — em latim, vicecomes significava vice-conde. Esse título de nobreza, assim como o de barão, surgiu bem mais tarde, apenas durante o século 10. Em termos administrativos, os viscondes podiam dirigir pequenos territórios, do tamanho de vilas. Na Espanha há a distinção também, entre viscondes e viscondes, com "Grandeza de Espanha". Conde-barão (título português século XIX, atribuído aos condes e barões de Alvito)

Barão - Barão ou baronesa (tratamento de Sua/Vossa Graça/Senhoria): usado em todas as monarquias com modelos europeus. Mais um título criado com o feudalismo já em decadência. A honraria era concedida a súditos fiéis dos reis, geralmente homens ricos. As terras governadas pelos barões eram ainda menores, do tamanho de fazendas ou sítios. Em sua origem germânica, a palavra barão significa “homem livre”. Na Espanha há a distinção entre os barões com "Grandeza de Espanha" (tratamento de Sua/Vossa Alteza). Ex: Barão de Richtoffen. Baronete ou baronetesa (tratamento de Sua/Vossa Senhoria): usado para o filho de um Barão. Usado apenas no Reino Unido. Não possui predicado, e é simplificado por sir.

Senhor ou Senhora (tratamento de Sua/Vossa Graça/Senhoria): usado principalmente na França, Espanha, Hungria, Áustria, Alemanha e em alguns países eslavos. Tal título era atribuído, sob o feudalismo, ao detentor de um senhorio. Em inglês, o título nobiliárquico de senhor é traduzido como lord, e o senhorio é traduzido como lordship. Ex: Catherine Bau, senhora de Gossencourt (século XVI). Em Portugal, o uso do título de Senhor era também comum. Um exemplo é o do célebre Rui Gomes da Silva (valido de Filipe II de Espanha), filho de D. Francisco da Silva e de D. Maria de Noronha, senhores de Ulme e da Chamusca.

Cavaleiro - cavaleiro é um título nobiliárquico em várias monarquias europeias. Eram guerreiros que se deslocavam a cavalo em proveito próprio ou ao serviço do rei ou outro senhor feudal, faziam-no com o objetivo de defesa dos territórios e em paga de terras (Tenência) recebidas do rei ou de outros senhor feudal. Também podiam receber um soldo, caso não fossem pagos em terras como eram os casos das tropas mercenárias.

Escudeiro - Um escudeiro é o menor título nobiliárquico existente. No entanto, é um título de bastante honra, sendo seu titular possuidor de seu próprio escudo de armas. Era, normalmente, alguém que por nascimento teria acesso à categoria de cavaleiro mas que ainda não a havia alcançado. Esta classificação abrangia escudeiros rasos, escudeiros de fidalgos e escudeiros de linhagens. Historicamente, na sua função, tratava-se de um assessor que tinha como responsabilidade cuidar dos cavalos de um nobre. No seu uso contemporâneo faz menção a um assessor pessoal de um monarca soberano ou membro de família soberana. É um termo análogo a ajudante de ordens, mas este prevalece atualmente apenas no Commonwealth das Nações. 

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REFERÊNCIAS

https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%ADtulo_nobili%C3%A1rquico

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-os-titulos-da-nobreza/#:~:text=Os%20t%C3%ADtulos%20surgiram%20no%20s%C3%A9culo,passando%20de%20pai%20para%20filho.


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