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terça-feira, 15 de junho de 2021

MARY BOYLE, UM CASO DE DESAPARECIMENTO NA IRLANDA

 


Olá! Vamos conhecer um caso que aconteceu na Irlanda, de uma garotinha de apenas 6 anos que desapareceu sem deixar rastros em 1977 e até hoje ainda não foi solucionado. Estamos falando de Mary Boyle. Seus familiares pedem por justiça...


Mary Boyle nasceu em 14 de junho de 1970, em Sparkhill, Birmingham, Reino Unido. Filha de Ann e Charlie Boyle que se casaram em 1967, tinha uma irmã gêmea Ann, e um irmãos mais velho, Patrick. Por um período, a família morava na Inglaterra, até decidirem a se mudar para Irlanda em Kincasslagh em The Rosses, uma pequena vila, e ficar mais perto dos seus parentes. No dia de São Patrício, em 18 de março de 1977, toda família decidiu visitar os avós das crianças em Cashelard, perto de Ballyshannon, County Donegal.

Naquela tarde, Mary brincava do lado de fora com seus irmãos e dois primos, quando seu tio Gerry Gallagher que estava consertando um telhado, em torno de 15:45 ele decidiu sair para devolver uma escada para outra fazenda, do outro lado da encosta. Mary seguiu seu tio até chegarem a um pântano, com poças de água muito fundas para ela passar. Seja por sua própria decisão ou por instrução de seu tio, Mary resolveu voltar na metade do caminho. Seu retorno não deveria ter durado mais do que cinco minutos, enquanto seu tio ficou com os vizinhos por mais trinta minutos conversando, sem imaginar que houvesse qualquer perigo.

Mary, Patrick e Ann (irmã gêmea)

Quando se deram conta que Mary não havia retornado com seu tio, iniciaram as buscas no local e questionaram todos que passavam se tinham visto Mary. Um pescador foi citado como tendo dito que a viu sendo colocada em um carro vermelho e levada para longe, embora mais tarde ele tenha corrigido isso que apenas tinha visto um carro vermelho suspeito. A irmã gêmea Ann, afirmou que Mary estava comendo um pacote de batatas fritas no momento de seu desaparecimento e se ela tivesse caído em um pântano, o pacote teria flutuado na superfície. 

No dia, estava acontecendo na cidade um festival, eles decidiram também subir ao palco e pedir ajuda as pessoas que estavam ali presentes, pessoas se colocaram como voluntários para procurar. Tinham esperança que logo iriam encontrar Mary e que provavelmente só perdida. Os Gardaí (policiais da Irlanda) foram alertados e começaram uma busca na área circundante, fizeram entrevistas com as pessoas e mandaram drenar um lago atrás da casa de seus avós para encontrar algum vestígio. Mas não conseguiram encontrar nada. Eles também fizeram uma reconstrução do desaparecimento em que Ann foi usada como substituta de sua irmã gêmea. 

A última memória que Ann, a mãe, tem de Mary, é dela brincando com os irmãos e primos, em determinado momento, ela entrar e lhe dá um abraço apertado e diz que a ama muito, e volta para brincar lá fora. Os pais e voluntários continuaram buscando por várias semanas todo o local em busca de Mary ou algo que levasse até ela. Chegaram a visitar videntes que pudessem dar alguma pistas, fizeram viagens a outros países e pediram ajuda de policias locais, mas não encontraram nada.

Casa dos avós de Mary

O pai de Mary, Charlie, morreu em um acidente de pesca na costa de Donegal em 2005. Em 2008, a emissora pública irlandesa, RTÉ, transmitiu um programa de documentário sobre o caso chamado Cracking Crime. Ao longo dos anos que se passaram, a performer Margo O'Donnell, amiga e parente da família, financiou buscas nas encostas ao redor em um esforço para tentar localizar o corpo de Boyle. As buscas policiais também ocorrem desde 1977, com a última ocorrendo em 2016, quando a An Garda Síochána lançou uma nova investigação. No entanto, nenhuma evidência foi encontrada.

O caso atraiu muita publicidade por causa de alegações de interferência política centradas na acusação de que um político telefonou para os Gardaí e disse-lhes para não interrogar ou deter seu principal suspeito. O'Donnell teria se aproximado do político acusado de fazer a ligação em 1977 e perguntado se ele o havia feito. De acordo com O'Donnell, ele disse que não seria verdade. 

Ann e Charlie Boyle (pais de Mary)

Em 2016, a jornalista Gemma O'Doherty, produziu um documentário sobre o desaparecimento intitulado Mary Boyle: The Untold Story, que explora várias causas possíveis para seu desaparecimento. No documentário, Ann Boyle apresenta o cenário de que Mary foi abusada sexualmente e depois assassinada. O filme tem sofrido algumas críticas dos entrevistados para o programa. Ambos os sargentos aposentados da Garda que falaram na tela negam que qualquer pressão política tenha sido exercida sobre sua investigação. Em março de 2018, Gardaí emitiu um pedido de informações sobre o caso e afirmou que a investigação ainda estava em andamento. 

Em 2018 também, parentes e simpatizantes realizaram um protesto silencioso em frente ao escritório do legista em Stranorlar. O protesto tinha como objetivo forçar o legista a realizar um inquérito sobre a morte de Mary, o que permitiria que testemunhas importantes fossem entrevistadas publicamente pela primeira vez. A irmã gêmea Ann, estava entre o grupo, que entregou uma petição contendo mais de 10.000 assinaturas exigindo que um inquérito fosse realizado. 

Ann (irmã gêmea de Mary)

O suspeito inicial, questionado logo após o desaparecimento de Mary, foi libertado sem acusações. Outras pessoas foram interrogadas em relação ao desaparecimento; Brian McMahon foi levado para interrogatório por Gardaí em outubro de 2014, mas foi libertado sem acusações no dia seguinte. Mais tarde, McMahon foi publicamente negando qualquer envolvimento no desaparecimento e afirmando que a população local sabia que ele não poderia estar envolvido.

Robert Black, um assassino em série de crianças condenado, também foi colocado como suspeito quando foi revelado que ele era um motorista de caminhão que costumava visitar o condado de Donegal como parte de seu trabalho e que poderia estar na área na época de O desaparecimento. Black era conhecido na área e havia sido acusado pelo Garda por beber após o expediente. Sua van foi identificada em frente a um pub em Annagry, County Donegal. Mais tarde, uma testemunha afirmou que tinha ouvido choro e choramingos na parte traseira da van. No entanto, na época em que o documentário de O'Doherty estava sendo exibido, acreditava-se amplamente que Black não poderia ter sido o responsável. Ele morreu em 2016. A família espera por uma solução no caso.



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REFERÊNCIAS

https://www.bbc.com/news/stories-50404378

https://www.irishpost.com/news/twelve-facts-about-mary-boyle-94867

https://en.wikipedia.org/wiki/Disappearance_of_Mary_Boyle

https://www.theirishworld.com/renewed-appeal-to-solve-mystery-of-irelands-madeleine-mccann/

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