JAYCEE LEE DUGARD, "UMA VIDA ROUBADA" O CASO DE SEQUESTRO QUE DUROU 18 ANOS - BLOG CURIOSIDADES DO MUNDO

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segunda-feira, 17 de maio de 2021

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JAYCEE LEE DUGARD, "UMA VIDA ROUBADA" O CASO DE SEQUESTRO QUE DUROU 18 ANOS

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Jaycee+Dugard+1

Vamos conhecer hoje a história de uma jovem que foi sequestrada quando tinha apenas 11 anos de idade e mantida prisioneira durante longos 18 anos por Phillip Greg Garrido e sua esposa Nancy Garrido. É uma história marcante que aconteceu nos Estados Unidos. É o caso de Jaycee Lee Dugard... 


Jaycee Lee Duard nasceu em 3 de maio de 1980 na cidade de Anaheim, na Califórnia, Estados Unidos. Na época dos fatos vivia com sua mãe Terry e padrasto Carl Probyn, tinha 11 anos e frequentava a 5ª série na escola. No dia 10 de junho de 1991, enquanto esperava o veículo escolar, foi surpreendida por um casal em um carro cinza, a mulher saiu do carro e a forçou que entrasse no carro. O padrasto de Jaycee, Carl, estava próximo e presenciou, tentou segui-los com a bicicleta mas não conseguiu acompanhar a velocidade do veículo. Amigos da menina também foram testemunhas desse momento.

Sem nenhum contato com os sequestradores e sem nenhuma pista por onde começar a procurar, os primeiros suspeitos foram o próprio padrasto e depois do pai dela. Ambos chegaram a passar por vários testes de polígrafo e assim foram retirados da lista de suspeitos. A mídia local foi avisada e horas depois os jornais já investigavam o caso. Voluntários locais também começaram com as buscas. Folhetos e cartazes forame espalhados por diversos locais. A mãe, Tery Probyn fundou um grupo "Esperança Jaycee" que dirigiu os voluntários e angariação de recursos para ajudar com as buscas. Uma recompensa foi oferecida. 

O que ninguém sabia era que Jaycee não estava longe. Ela tinha sido levado por Philip Garrido, um homem de 40 anos na época, que estava em condicional depois de ter cometido crime de abuso sexual em uma menina de 14 anos. Ele era casado com Nancy Bocanegra. Ambos viviam na casa da mãe de Garrido que tinha problemas mentais sem noção da realidade. 

Jaycee+Dugard+4

Do local do rapto até o cativeiro, foram 3 horas de viagem e tudo que a menina falava durante o caminho era que seus pais não teriam dinheiro para pagamento de resgate. Ao chegarem na casa da Garrido, a menina foi despida e colocado em um quarto nos fundos à prova de som, e foi ali que ela foi estuprada pela primeira vez, algemada como permaneceu nas primeiras semanas. Nos dias inicias, ele falava para ela que haviam cachorros dobermans treinados para atacá-la se caso ela tentasse fugir. Assim os dias iam passando e a ela era abusada constantemente, era alimentadas, e algumas vezes ele entrava no quarto apenas para conversar. Forneceu um balde para que ela usasse como banheiro e uma tv com canais bloqueados para que ela não acompanhasse o noticiário. 

Um mês depois, Jaycee foi colocada em um quarto maior e algemada a uma cama, ela já não tinha noção dos dias nem do tempo que já estava ali. Ele a ameaçava dizendo que iria vendê-la para pessoas que a colocariam em uma jaula. 7 meses depois, Nancy apareceu no cativeiro e deixava claro que tinha ciúmes da menina, sempre a tratava mal. Nancy fazia o papel de carcereira quando Garrido passou dias na prisão quando não passou o teste de drogas em sua liberdade condicional. Eles a presenteavam com gatos e um diário que depois foi rasgado quando descobriram que ela assinava com seu nome, inclusive a proibiram de escrever ou dizer seu verdadeiro nome.  

Após quase 3 anos de cativeiro, eles resolveram tirar o uso das algemas, apesar de ainda mantê-la no quarto trancada. Os abusos sexuais eram frequentes e quando a menina tinha 13 anos ficou grávida. Em 18 de Agosto de 1994 nasceu sua primeira filha e em 13 de novembro de 1997 nasceu a segunda filha. Os Garridos construíram uma cerca maior em torno da propriedade. Nessa época que ela foi autorizada a andar fora do cativeiro, lugar que ela cuidava como se fosse sua casa. Jaycee deveria tratar Nancy como se fosse sua mãe para que ela não sentisse ciúmes dela e que deveria ensinar suas filhas de que ela seria sua irmã mais velha. eles mantinham essa história quando precisavam ter contato com outras pessoas. A menina já parecia ser da família enquanto sua família real passava os dias sempre marcados por momentos de tristeza sem saber seu paradeiro.

Jaycee passou a usar o nome de Alissa e trabalhava na empresa de impressões de Garrido, inclusive tinha acesso ao telefone e email, mas mesmo assim nunca tentou contato com a sua real família ou policia. Enquanto estava em Antioquia, Garrido mantinha um Blog associado com o que ele chamava de Igreja do Desejo de Deus. Ele dizia que tinha o poder de controlar os sons com sua mente, pedia a pessoas que assinassem depoimentos testemunhando que ele realmente tinha essa capacidade. 

Jaycee+Dugard+3
Phillip Greg Garrido e Nancy Garrido

Em 2009, Jaycee vivia em um alojamento atrás da casa, o espaço privado incluía galpões e duas tendas, a área estava cercada por árvores altas e um muro. Policias visitaram a residência pelo menos duas vezes nos últimos anos, afinal Garrido estava em liberdade condicional, mas eles apenas deram uma rápida olhada, e mesmo havendo objetos de crianças, não chamaram atenção. Jaycee era vista na casa e muitas vezes atendia as pessoas que chegavam, as crianças era vistas brincando ou como passageiras no carro dele. Um dos sócios de Garrido disse que elas nunca agiram estranhamente. 

Em 24 de agosto de 2009, Philip Garrido foi para a Universidade de Berkelly na Califórnia, buscando permissão para realizar um evento cristão no Campus, como parte de seu programa Desejo de Deus. A gerente de Eventos percebeu seu comportamento estranho e pediu que ele marcasse uma visita para o dia seguinte, o que ele fez deixando seu nome. Ela notificou o policial do Campus que fez uma verificação de antecedentes e soube que Garrido estava em liberdade condicional por estupro decidindo participar da reunião. Garrido apresentou as meninas como sendo suas filhas. O policial sentiu que o comportamento era incomum de alguma forma. Ele ligou para a central responsável pela liberdade condicional desejando saber se ele tinha mesmo filhas, mas ninguém atendeu e ele deixou um recado. 

Depois de ouvir o recado, dois agentes da condicional foram até a casa de Garrido. Na chegada o algemaram e revistaram sua casa. Porém, encontraram apenas sua mulher Nancy e a mãe idosa. Em seguida o levaram, no caminho ele disse que as meninas que foram vistas com ele se tratava de filhas de um amigo e ele tinha a permissão dos pais. Eles ordenaram que ele deveria levar as meninas no escritório da condicional. 


Jaycee+Dugard+2


Em 26 de Agosto, ele levou sua mulher e as meninas e Jaycee. O agente decidiu separá-los para interrogatório. Na outra sala, ele disse que todas as três seriam suas sobrinhas, filhas do seu irmão. Mas Jaycee, mantendo sua identidade falsa como Alissa, disse que ela era mãe das meninas, e ainda disse que sabia que Garrido tinha levado as meninas para o Campus e que ele era um criminoso sexual em liberdade condicional. Ela acrescentou ainda que Garrido era um homem mudado, que agora era uma grande pessoa e que era bom para suas filhas. Na outra sala, um policial pressionou Garrido que confessou que era o pai das crianças, e admitiu o sequestro e estupro. Sob interrogatório, Jaycee revelou sua verdadeira identidade e confirmou o sequestro. Garrido e sua mulher foram então presos. 

Um agente especial do FBI colocou Jaycee no telefone com sua mãe Teri. Jaycee manteve a guarda das suas filhas e voltou a morar com sua mãe. Jaycee tinha desenvolvido um vínculo emocional com Phillip Garrido e demonstrava sinais clássico de "síndrome de estocolmo". Três semanas após sua libertação, Jaycee fez o pedido para manter o controle sobre os animais de estimação de onde ela foi mantida em cativeiro. 

Em 14 de outubro de 2009, a revista People publicou em sua capa a foto de Jaycee com uma matéria sobre o caso. Em julho de 2010, o Estado da Califórnia aprovou uma resolução de 20 milhões de dólares para Jaycee para compensá-la pelos erros de investigação. Em 2 de junho de 2011 Phillip Garrido foi condenado a 431 anos de prisão e sua esposa recebeu 36 anos. Jaycee não compareceu ao julgamento. As memórias de Jaycee com o título "Uma vida roubada - A stolen life" foi publicada em livro em 12 de julho de 2011 e  Freedom: My Book of Firsts em 2016.  

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ENTREVISTA COM JAYCEE LEE DUGARD



"Há vida depois que algo trágico acontece. (...)  A vida não tem que acabar se você não quiser. É tudo em como você olha para ela. De alguma forma, eu ainda acredito que cada um de nós tem a chave para a nossa própria felicidade e você tem que agarrá-la onde puder em qualquer forma que possa levar”, relatou Dugard na segunda obra.


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REFERÊNCIAS

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-jaycee-dugard-sequestrada-aos-11-anos-e-gravida-aos-13.phtml

http://blogaventuraliteraria.blogspot.com/2018/01/vida-roubada-memorias-jaycee-dugard.html

https://expresso.pt/actualidade/americana-fazia-vida-normal-com-as-filhas-que-teve-do-raptor=f533354

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1284147-5602,00-SEQUESTRADOR+DIZ+QUE+TINHA+TERNURA+POR+REFEM+QUE+MANTEVE+POR+ANOS.html

https://en.wikipedia.org/wiki/Kidnapping_of_Jaycee_Dugard


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