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terça-feira, 4 de maio de 2021

BLANCHE MONNIER, O CASO DA JOVEM QUE PASSOU 25 ANOS PRISIONEIRA POR AMOR

 


Hoje vamos conhecer um caso bastante curioso que aconteceu na cidade de Poitiers na França e que causou grande revolta da população quando descobriram que uma jovem teria sido mantida em cárcere por longos 25 anos, em sua própria casa, simplesmente por ter se apaixonado...


Blanche Monnier nasceu em 1º de março de 1849, na cidade francesa de Poitiers. Era uma jovem muito bonita e inteligente que pertencia a uma família nobre aristocrática, o pai Charles-Émile Monnier era reitor da universidade local, e sua mãe Louise Monnier era uma socialite famosa. Tinha um irmão Marcel, um respeitado advogado. Blanche não costumava ter uma relação muito boa com sua mãe que era uma mulher dominadora, enquanto que o pai estava constantemente ocupado e não se envolvia muito com as questões de casa.

Blanche costumava frequentar muitos eventos sociais, jantares, recepções. Era muito cortejada pelos rapazes mas costumava declarar que só se casaria quando realmente estivesse apaixonada. E isso aconteceu em 1876, durante uma das recepções, Blanche conheceu um respeitado advogado, que tinha quase o dobro de sua idade, e imediatamente se apaixonou. Ele respondeu ao seu sentimento e iniciaram um romance. Porém, sua mãe foi terminantemente contra desde o início. Mesmo assim, eles continuaram o relacionamento, encontrando-se secretamente e planejavam fugir. 


Em março de 1876, Blanche desapareceu repentinamente e as pessoas passaram a perguntar por ela. Sua mãe garantiu aos vizinhos e amigos que Blanche teria sofrido um terrível acidente que resultou em sua morte. As pessoas ficaram sentidas com o ocorrido mas aceitaram, mas seu amado não acreditou na história e continuou tentando descobrir o que teria acontecido com ela, porém, seus esforços não tiveram sucesso.

Na realidade, Blanche estava viva e prisioneira na sua própria casa. Depois de sua mãe ameaçá-la se caso ela não parasse de ver o advogado, ela não deixaria mais sair de casa. E assim foi, ela a trancou em um pequeno quarto no sótão de sua mansão. Blanche ficou privada de ver o sol, comer normalmente ou se comunicar com qualquer pessoa que não fosse sua própria mãe.


A vida em cativeiro acabou sendo um verdadeiro inferno para Blanche, sua mãe começou a tratá-la de forma incrivelmente cruel. Ela deixava restos de comida no chão do quarto, ignorava pedidos de água por dias, privava a filha de tomar banho, pentear os cabelos e até mesmo ir ao banheiro.

Blanche tinha um irmão mais velho, Marcel, um respeitável advogado. Ele sabia que sua mãe mantinha sua irmã em cativeiro, mas nada tentou fazer para resgatá-la. Além disso, ele desempenhou o papel de um parente em luto e convenceu o público de que sua irmã realmente havia morrido. E seu pai já havia morrido nesse época.



Em 1885, seu amado morreu. Sem mais ninguém que pudesse ajudá-la. Aos poucos, Blanche foi perdendo as esperanças e enlouquecendo. Ela vivia em meio a sujeira, restos de comida e seus próprios excrementos. As únicas coisas vivas que a visitavam constantemente eram ratos e percevejos que inundavam o local.

Isso continuou até 1901, quando em 23 de maio o Procurador-Geral recebeu uma carta anônima, que dizia o seguinte: “Monsieur Procurador-Geral, tenho a honra de informá-lo de um incidente extremamente grave. Estou falando sobre uma mulher que está trancada na casa de Madame Monnier. Nos últimos vinte e cinco anos, ela tem vivido no sótão em uma cama,”

Esta carta chocou a polícia. Ninguém pensaria que Louise Monnier, que se aproveitou de sua posição na sociedade e do respeito dos habitantes da cidade, pudesse fazer tal coisa. Os detetives decidiram verificar. Quando a polícia pediu permissão para inspecionar a casa, Madame Monnier recusou. Isso alertou as autoridades, assim como um terrível odor dentro de um dos quartos, eles decidiram arrombar a porta. No sótão, indicado na carta, e ficaram chocados. Os detetives encontraram uma mulher de 52 anos deitada em um chão podre, nua, acorrentada, cercada por ratos, insetos e sobras. Seu peso não passava de 25 quilos e ela não parecia humana. 


A mãe e o irmão da vítima foram presos, mas Louise Monnier não viveu para ver o julgamento, morreu com um ataque cardíaco 15 dias após a prisão, incapaz de suportar a pressão da sociedade. Este caso teve grande repercussão na época. O público exigia punição para o irmão da mulher, a polícia continuava investigando os motivos de um crime tão cruel e, em 9 de junho de 1901, o New York Times publicou um artigo no qual o autor falava sobre os anos de cativeiro de Blanche Monnier e dizia que “É impossível até imaginar o que ela experimentou ao longo dos anos.” 

O irmão de Monnier foi condenado a 15 meses de prisão, mas em seguida foi solto depois que ele recorreu alegando que sua irmã sofria de doenças mentais e diversos distúrbios. Terminou sendo inocentado. Em algum momento, acreditavam que provavelmente ele teria sido o autor do bilhete. Ou teria sido uma criada da casa. Nunca descobriram quem foi.

Infelizmente, Blanche Monnier nunca foi capaz de ter uma vida normal mesmo depois de libertada. Ela sofria de anorexia nervosa e distúrbios comportamentais. Ela passou o resto de sua vida dentro dos muros de um hospital psiquiátrico na cidade francesa de Blois, vindo a falecer em 1913 sem recuperar sua sanidade, aos 64 anos de idade.


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REFERÊNCIAS

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-quem-foi-blanche-monnier.phtml

ttps://aminoapps.com/c/terroramino_pt/page/item/blanche-monnier-o-caso-do-sequestro-de-poitiers/WJvp_4xrUVIkbWBzD4ZNa8rY41pLQkZ

https://eravitoriana.wordpress.com/2017/08/01/blanche-monnier-a-socialite-francesa-que-foi-trancada-no-sotao-por-sua-mae-por-25-anos/

https://www.fatosdesconhecidos.com.br/conheca-o-caso-bizarro-de-blanche-monnier/

https://focoefama.com/crimes-e-escandalos/a-historia-de-blanche-monier-uma-mulher-presa-pela-mae-por-25-anos/1729/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Blanche_Monnier


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