Conhecer casos de gêmeos siameses é algo que surpreende e choca devido a sua complexidade em sua aparência e formação. Gêmeos siameses é o nome popular para os gêmeos xipófagos, ocorrem quando um óvulo que começou a se dividir, para no meio do processo e não se dividem completamente ficando unidos por partes do corpo. Vamos conhecer 10 casos ao redor do mundo ...
Abigail e Brittany Hensen (Estados Unidos)
Nasceram em 7 de Março de 1990, filhas de Patty e Mike Hensel, elas tem dois irmãos mais novos, Dakota e Morgan. Após o nascimento, os pais das gêmeas decidiram não tentar separação cirúrgica depois de ouvir dos médicos que era provável que ambas as gêmeas não sobreviveriam à operação. Elas cresceram e se desenvolveram, desenvolvendo diversas atividades cotidianas, como também conseguiram frequentar a escola e faculdade, se formaram e são professoras, trabalham com educação infantil. Já participaram de documentários na tv e reality show.
Artur e Heitor Rocha (Brasil)
Os gêmeos brasileiros Artur e Heitor nasceram conectados pelo abdômen. Os irmãos Rocha compartilhavam o fígado, intestino e a bexiga. Eles permaneceram ligados por cerca de cinco anos. O peso de Heitor estava prejudicando a coluna e os órgãos internos de Artur e a separação se fez necessária. Infelizmente, Artur morreu devido ao procedimento.
Conner e Carter Maribal (Estados Unidos)
Com apenas cinco meses, os gêmeos Conner e Carter, naturais do estado da Flórida, nos EUA, foram separados cirurgicamente. Os meninos nasceram conectados por seu estômago, e compartilhavam um fígado, partes dos intestinos e ductos biliares. Porém, isso não foi impedimento. Os médicos conseguiram dividir as partes compartilhadas, o que deu aos meninos boa chance de sobrevivência após o procedimento.
Chang e Eng Bunker (Tailândia)
Chang e Eng Bunker provavelmente são os mais famosos entre todos os gêmeos siameses. Na verdade, foi por causa deles que surgiu a expressão “gêmeos siameses”. Eles nasceram em 11 de maio de 1811, em Samutsongkram, uma província do que hoje é a Tailândia, antes conhecida como Siam. Gêmeos xifópagos, Chang e Eng eram unidos apenas por uma pequena parte da cartilagem ao redor do esterno inferior (no peito), e partilhavam um fígado apenas. Não se sabe muito sobre os primeiros anos de vida mas aos 18 anos, as suas vidas mudaram drasticamente. Chang e Eng foram “descobertos” enquanto nadavam, em 1824, por um associado do agente de show business norte-americano Abel Coffin, que reconheceu o seu potencial comercial. E em seguida, pelo comerciante britânico Robert Hunter que em 1829 pagou a família dos gêmeos para exibi-los para o mundo em geral. Eles embarcaram em uma turnê mundial, viajando com o famoso Circo de Barnum. Eventualmente, depois que seu contrato havia expirado, eles criaram o seu próprio negócio, estabelecendo-se nos Estados Unidos em Wilkesboro, na Carolina do Norte. Eles adotaram o sobrenome Bunker, compraram uma fazenda e escravos, e se casaram com duas irmãs, Adelaide Yates e Sarah Anne Yates. Chang teve 10 filhos, Eng 12, e hoje seus descendentes seriam mais de 1.500. Os gêmeos Bunker morreram em 17 de janeiro de 1874, depois de Chang contrair pneumonia e morrer durante o sono. Mesmo que fosse possível fazer uma cirurgia para separar os gêmeos, Eng recusou a operação e morreu poucas horas depois. O fígado compartilhado dos irmãos Bunker pode ser visto até hoje no Museu Mutter, na Filadélfia.
Daisy e Violet Hilton (Inglaterra)
Daisy e Violet Hilton nasceram em 5 de fevereiro de 1908 em Brighton, na Inglaterra. A mãe deu as meninas em adoção uma parteira, Mary Hilton, quando elas tinham menos de um mês de idade. Na época, cartões postais das gêmeas Hilton tomaram todo o país. Aos 3 anos de idade, elas já faziam apresentações. Mary passou a levá-las em turnê pela Alemanha, Austrália e Estados Unidos. Elas chegaram a ser exibidas ao lado de Rosa e Josefa Blazek, outra dupla de gêmeas siamesas. Quando Mary Hilton morreu, ela deixou Daisy e Violet aos cuidados de sua filha, Edith, e o seu marido, Myer Myers. Os Myers mudaram-se para os Estados Unidos com as irmãs Hilton e se estabeleceram em San Antonio, no Texas. Com seu show de canto e dança, elas foram um sucesso instantâneo e percorram o país ao longo dos anos 1920. Em 1931, se sentindo exploradas, elas processaram os Myers e ganharam a causa em US$ 100 mil em danos. Em 1932, as gêmeas estrelaram o filme “Monstros”, que especulava sobre a vida amorosa de gêmeos siameses. Em 1950, protagonizaram “Chained for Life”, no qual viviam as cantoras Dorothy e Vivian Hamilton, uma história autobiográfica. Depois de serem abandonadas por um agente inescrupuloso, Daisy e Violet acabaram trabalhando em um supermercado, em Charlotte, na Carolina do Norte. Em 6 de janeiro de 1969, foram encontradas mortas em seu trailer, após terem sucumbido a um surto de gripe.
Erin e Abby Delaney (Estados Unidos)
Nascidos em 24 de julho de 2016, as gêmeas siameses Erin e Abby, são outro caso de gêmeos craniopagus. Dez meses após o nascimento, elas foram separadas em uma cirurgia que durou 11 horas e envolveu cerca de 30 profissionais. Erin e Abby compartilhavam vasos sanguíneos vitais para o funcionamento de seus cérebros, o que tornou tudo ainda mais complicado. Um erro e a vida das pequenas poderia ter chegado ao fim. No entanto, tudo ocorreu bem e elas estão crescendo saudáveis e poderão levar uma vida normal.
Lori e Dori Schappell (Estados Unidos)
Nascidas na Pensilvânia, em 18 de setembro de 1961 como Lori e Dori Schappell, nasceram unidas pela lateral da cabeça, com os rostos virados em direções opostas. Dori sofria de espinha bífida, o que prejudicou o crescimento da parte inferior de seu corpo e lhe causou problemas de locomoção. Além de ter desenvolvido uma cadeira de rodas adequada para sua condição específica, Dori também construiu uma carreira na música country, conhecida como Reba Schappel. Durante as apresentações, Lori auxilia segurando o microfone, mas faz questão de ficar quieta no palco. Ela trabalha em uma lavanderia e ajusta seus horários aos shows. Elas tem personalidades bem diferentes, além disso, Dori mudou seu nome para George. Ele decidiu admitir abertamente que vinha sofrendo desde a infância com um transtorno de identidade de gênero e que se identifica como homem. Eles são os mais velhos gêmeos xipófagos unidos pelo crânio vivos atualmente.
Neev e Nelly Kolestein (Holanda)
Nasceram em Amsterdã em 2001. Os médicos tinham quase certeza que elas não sobreviveriam por muito tempo depois que nascessem, e já estão com 20 anos. Elas são ligadas pela cabeça, são craniopagus, e apenas podem se ver através de um espelho. Elas não podem ser separadas. Tem personalidades diferentes apesar de possuir partes do cérebro conectadas.
Rosa e Josefa Blazek (República Tcheca)
Rosa e Josefa Blazek nasceram em 20 de janeiro de 1878, onde hoje é a República Tcheca. Unidas da nona vértebra para baixo, quando nasceram, seus pais que eram muito supersticiosos seguiram a instrução de uma curandeira local, não permitindo que se alimentassem ou bebessem água por oito dias, felizmente sobreviveram. Logo após, os Blazek começaram a exibir as meninas ao público, gerando muito dinheiro. Com um ano de idade, as gêmeas já eram expostas em feiras do todo o país. Aos 4 anos, começaram a aprender a tocar violino. Em 16 de abril de 1910, Rosa, com 32 anos de idade na época, causou uma grande comoção quando deu à luz um menino. Levando em consideração a condição física das gêmeas, a sua fama e o fato de Rosa não ser casada, tentaram convencer que a sua gravidez era, na verdade, uma apendicite. O menino foi chamado de Franz, em homenagem a seu suposto pai, que teria morrido lutando no exército austríaco em 1917. Em 1921, as gêmeas se mudaram para Chicago. Lá, Rosa pegou uma forte gripe, quando finalmente se recuperou, Josefa também adoeceu e entrou em coma em 25 de março de 1922. Enquanto discutiam sobre a possibilidade de separar as gêmeas, elas morreram cinco dias depois da piora de Josefa. Uma radiografia realizada na autópsia mostrou que a operação não teria sido possível porque as espinhas das irmãs eram muito unidas.
Tatiana e Krista Hogan (Canadá)
Nasceram em 25 de Outubro de 2006 em Vancouver. Compartilham o mesmo cérebro e a mesma cabeça. As canadenses desafiaram os diagnósticos médicos que previam que elas sobreviveriam apenas um dia e agora contam sua trajetória no documentário “Inseparable: Ten Years Joined At The Head”. As gêmeas siamesas estudam, estão aprendendo a ler, escrever e fazer contas, também vão às aulas de natação, andam de bicicleta (adaptada) e correm. Ainda que tenham personalidades diferentes, uma mais extrovertida e a outra mais tranquila, elas dividem as mesmas emoções e pensamentos. Se uma se sente agitada, a outra automaticamente também fica. Por exemplo, quando uma delas pega um brinquedo, a outra irmã, sem ao menos vê-lo, sabe exatamente o que foi apanhado, se uma tem um pensamento que irrita a outra, elas começam a brigar, mesmo que nada tenha sido dito em voz alta. As meninas também conseguem controlar os membros umas das outras.
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REFERÊNCIAS
https://www.fatosdesconhecidos.com.br/7-historia-chocantes-envolvendo-gemeos-siameses/
http://g1.globo.com/goias/noticia/2015/05/gemeo-siames-deixa-hospital-apos-3-meses-da-separacao-muito-feliz.html
https://hypescience.com/10-casos-de-gemeos-siameses/
https://www.jornalciencia.com/a-historia-de-tatiana-e-krista-hogan-as-gemeas-siamesas-que-dividem-seus-pensamentos/
https://www.maravipost.com/netherlandss-conjoined-twin-sister-defeats-doctor-prediction-that-will-die-at-10-are-now-18-year/
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